A colonização do Maranhão não se deu no contexto de implantação do sistema de capitanias hereditárias em razão da difícil penetração para esta região. Durante todo o século XVI e início do XVII, o extremo norte do Brasil(Maranhão)continuava "abandonado". Este estado de abandono permitiu aos franceses que tentassem fundar nesta região um núcleo de colonização.
França Equinocial
A inexistência de uma colonização efetiva no norte da colônia levou os franceses, em 1612, a empreenderem a formação de uma colônia, que passaria a ser conhecida como França Equinocial.
Dentre os principais motivos que levaram a fundação da França Equinocial podemos destacar: a entrada da França na corrida colonialista, o desejo de se encontrar metais preciosos nesta região e a necessidade de áreas que servissem de abrigo para as populações que fugiam dos conflitos religiosos decorrentes da expansão da reforma.
O comando da tentativa francesa de colonização ao Maranhão foi de Daniel de La Touche que se associando a alguns financistas, chegaram ao Maranhão em 1612, fundando um forte no qual se desenvolveu essa tentativa de colonização.
Em 1615 os franceses foram expulsos do Maranhão pelas tropas luso-espanholas na batalha de Guaxenduba.
A colonização portuguesa no Maranhão
De fato, a colonização do Maranhão inicia-se após a expulsão dos franceses(1615), que aqui procuravam fundar um núcleo de povoamento.
A primeira preocupação dos estados colonizadores era de resguardar a área de seu império colonial face às demais potências colonizadoras. Desta forma, dado o grande isolamento desta região com relação à sede do governo geral do Brasil, esta em Salvador, e na prática, visando protegê-la das constantes investidas estrangeiras, o monarca Felipe II( neste período Portugal está sob domínio espanhol- União Ibérica, 1580-1640) fundou em 1621, o Estado Colonial do Maranhão e Grão-Pará, com sede em São Luís, abrangendo uma área que se estendia do Ceará ao Amazonas.
obs: a exploração econômica do Maranhão ficaria sobre a responsabilidade da cia de comécio
obs: a exploração econômica do Maranhão ficaria sobre a responsabilidade da cia de comércio do Maranhão e Grão-Pará, empresa monopolista que deveria abastecer o mercado maranhense de mão-de-obra escrava, produtos manufaturados e ainda realizar a comercialização da produção maranhense. Esta cia na medida em que não conseguiu atender a estas necessidades, não articulou a economia maranhense ao mercado externo, determinando-a o caráter da subsistência e a extração das drogas do sertão.
0bs: em 1652, D.joão extinguiu o Estado Colonial do Maranhão e os problemas se agravaram.
Política Pombalina para o Maranhão
Durante toda a primeira metade do séc. XVII, o descaso do governo português em relação ao Estado do Maranhão, em grande parte pode ser explicado pelo interesse da Coroa e dos grupos dominantes portugueses em estarem voltados à exploração das regiões auríferas. Somente a partir da conjuntura que se inicia com a ascensão do Marquês de Pombal ao cargo de ministro de D.José I, o Estado do Maranhão torna-se obijeto da atenção dos gurpos detentores do poder em Portugal, levando o Estado à tranformações que se refletiram em todos os setores.Isso se deveu a uma nova orientação político-econômica implatada por Pombal, visando a libertação da economia lusa do pólo dominante, representado pela Inglaterra. Para conseguir tal fim entre outras coisas, procurou intensificar as relações comerciais em suas colônias, visando completo controle desse intercânbio, fortalece desse modo o pactocolonial e valorizando, ecomicamente, estas regiões.
As principais realizações da política para o Maranhão foram:
-transferência da capital do Estado de São Luís para Belém (Estado Colonial do Grão-Pará e Maranhão em 1751). Criação da Cia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão;
- esta Cia foi responsável pela articulação da economia do extremo norte do Brasil ao mercado externo, através do incentivo a produção do arroz e algodão.
- o incentivo a produção do algodão no Maranhão decorreu da grande aceitação deste produto no mercado europeu - Revolução Industrial - indústria têxtil e principalmente em razão da paralização momentânea no mercado da produção americana ( Guerra de Independência das 13 colônias americanas).
2 comentários:
vc trm algum material sobtr aescravidao na regiao dos cocais
Gostei muito do texto,sobretudo no que diz respeito à luta dos luso-espanhóis que expulsaram os franceses do Maranhão na Batalha de Guaxenduba, em 1615. Outro fator interessante foi a política pombalina que incentivou à produção de algodão, uma vez que a produção americana parou em razão da Guerra de Independência das Treze Colônias. O nosso algodão com grande aceitação no mercado europeu em função da Revolução Industrial - Indústria Têxtil. Parabéns.
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